Aqui no Brasil é muito comum encontrarmos nas prateleiras dos supermercados ou empórios vinhos com o rótulo escrito “Reservado”, bem como vemos também muitos vinhos de todas as nacionalidades com termos nos rótulos que indicam ser um vinho “Reserva” ou “Gran Reserva”.
Não é nada muito complicado de se entender, e aqui vamos tentar explicar de forma simples as diferenças entre eles.
Reservado, é um termo muito utilizado na América do Sul, e dificilmente você irá encontrar vinhos com esse termo fora do eixo Argentina, Chile, Uruguai e Brasil. Usualmente esse termo está vinculado aos vinhos de entrada, ou seja, os vinhos mais simples de uma vinícola. Há quem diga até que alguns produtores da América do Sul passaram a utilizar esse termo como um apelo comercial, gerando uma certa confusão, “favorável”, em virtude dos demais termos “Reserva” e “Gran Reserva”.
Até existem algumas regulamentações para o uso desses termos na América do Sul, mas elas são bastante flexíveis.
No Brasil, desde 2019, o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento, passou a regulamentar esses termos. E mesmo que sob muita polêmica, o termo Reservado está vinculado a “vinho jovem pronto para consumo, com graduação alcoólica mínima de 10 % (v/v)”.
Já os termos “Reserva” e “Gran Reserva” são criações de países do velho mundo como, Espanha, Itália, Portugal, entre outros, e quase sempre ligados ao tempo de amadurecimento do vinho em barricas de carvalho, e envelhecimento em garrafa antes da comercialização, teor alcóolico, entre outros.
Essas regras irão variar de região para região. Cada país ou Denominação de Origem (D.O) podem ter suas próprias regras. Com isso, mesmo dentro de um país as regras podem mudar para o uso dos termos mencionados nesse parágrafo.
No Brasil o Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento também regulamentou os Termos “Reserva” e “Gran Reserva”, vinculando aos períodos de maturação em barricas de carvalho, valores mínimos de teor alcóolico, algumas restrições quanto a Chaptalização, entre outros fatores.
Daí então, atualmente da legislação no Brasil temos:
Reserva – quando o vinho tinto, com graduação alcoólica mínima de 11% (v/v), passar por um período mínimo de envelhecimento de doze meses, sendo facultada a utilização de recipientes de madeira apropriada;
b) quando o vinho branco ou rosado, com graduação alcoólica mínima de 11% (v/v), passar por um período mínimo de envelhecimento de seis meses, sendo facultada a utilização de recipientes de madeira apropriada.
Gran Reserva – quando o vinho tinto, com graduação alcoólica mínima de 11% (v/v), passar por um período mínimo de envelhecimento de dezoito meses, sendo obrigatória a utilização de recipientes de madeira apropriada de no máximo seiscentos litros de capacidade por no mínimo seis meses; e
2.4.3.2. quando o vinho branco ou rosado, com graduação alcoólica mínima de 11% (v/v), passar por um período mínimo de envelhecimento de doze meses, sendo obrigatória a utilização de recipientes de madeira apropriada de no máximo seiscentos litros de capacidade por no mínimo três meses.
Costumam ser vinhos mais complexos (olfato, paladar), ter mais estrutura, e de uma forma geral de maior qualidade, tendo em vista também a necessidade de uma boa safra que renda um bom teor alcóolico para atingir os índices mínimos exigidos.
Seguindo todas as exigências de qualidade, hoje a Bueno Wines tem o “Pinot Noir Reserva 2020”, e o “Petit Verdot Reserva 2020”, ambos com passagem de 15 meses em barricas de carvalho francês.
Já o vinho “Paralelo 31 Gran Reserva 2020” passa 24 meses em barricas de carvalho francês e americano. E ainda, o “Anima Gran Reserva 2018”, considerado o primeiro Gran Reserva do Brasil, com 24 meses em barricas de carvalho francês, e mais 12 meses evoluindo em garrafa antes da comercialização.
Buscando sempre superar as expectativas de qualidade, a Bueno Wines segue inovando, e em breve termos novidades nessas linhas.
Siga nos acompanhando, provando nossos rótulos, e evoluindo conosco.
Por Denis Trombino – Sommelier Bueno Wines