“A mais pura amostra de Merlot brasileiro, de muitas que já degustei.” – Christian Burgos (Revista Adega) – Assim disse um dos grandes críticos e conhecedores de vinhos do Brasil. Um vinho que para muitos é o melhor vinhos brasileiro. Mas para melhor entendermos como chegou-se a essa conclusão precisamos contar algumas estórias que rodeiam um ícone do vinho brasileiro.
Como surgiu esse vinho?
Era o ano de 2010 e Galvão Bueno, proprietário da Bueno Wines, lançava seus primeiros vinhos, o “Paralelo 31” e o espumante “Cuvée Prestige” – Já contamos um pouco mais sobre o início da Bueno Wines em outro post desse blog – Então foram selecionados alguns dos mais respeitados críticos e jornalistas do mundo dos vinhos no Brasil para conhecer o projeto do maior narrador esportivo, e apresentador de televisão que conhecemos por aqui.
Os dois vinhos já se mostraram de ótima qualidade em seu primeiro lançamento, e quando Galvão Bueno foi indagado sobre o quais eram suas intenções ao se aventurar no mundo dos vinhos, Galvão respondeu de imediato se tratar de uma paixão antiga, e que pretendia fazer o melhor vinho do Brasil.
Talvez até tenha sido uma resposta um pouco pretensiosa para um então “novato” na produção de vinhos, e os convidados especiais possivelmente não o levaram muito a sério naquele momento.
Os anos se passaram, e A Bueno Wines evoluiu de forma magnífica, criando parcerias com nomes de respeito como exemplo com um dos enólogos mais renomados do mundo, o Italiano Roberto Cipresso. Com isso, a Bueno Wines passou a produzir os consagrados vinhos “Brunello di Montalcino D.O.C.G”, e “Rosso di Montalcino D.O.C.G”, na região da Toscana na Itália, sob a tutela de Roberto Cipresso. E dessa parceria surgiu a consultoria técnica de Cipresso nos vinhos da Bellavista Estate, vinícola de propriedade da Bueno Wines, na cidade de Candiota na região da Campanha Gaúcha/RS.
Galvão seguia com seu objetivo de criar o melhor vinho brasileiro, e em uma safra espetacular que foi em 2015, notou-se um potencial enorme de se obter um vinho de altíssima qualidade com a excelente matéria prima que as vinhas da Bellavista Estate estavam lhe entregando naquela safra.
Um entusiasta da uva Merlot que é o Galvão, o qual reforça o coro de muitos outros produtores de que a Merlot é a uva emblemática do Brasil, por acreditarem ser a uva que melhor se expressa em nosso terroir brasileiro, decidiu que iria produzir seu vinho icônico e que representasse a alma do terroir da I.P Campanha Gaúcha através de um varietal de Merlot.
E sob a consultoria técnica do enólogo Roberto Cipresso em conjunto com a Enóloga residente Taiana Madeira, vinificaram aquela safra esplêndida nas melhores condições possíveis, sem poupar esforços. Passaram a amadurecer o vinho em barricas de carvalho francês por um período de 24 meses, e mais 12 meses em garrafa antes de sua comercialização.
O primeiro Gran Reserva do Brasil
O ano era 2018, a legislação brasileira de vinhos sofria alterações e revisões, e entre algumas revisões passou-se a regulamentar os termos Reservado, Reserva e Gran Reserva.
Quando do processo de registro junto ao MAPA – Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – foi então que perceberam que nenhum outro vinho brasileiro havia sido produzido e registrado seguindo as normas para classificação Gran Reserva no Brasil. O Processo chegou a ser até um pouco mais moroso, e de certa forma confuso, do que o usual por se tratar de algo novo até para os funcionários do órgão responsável.
Finalmente o Melhor vinho do Brasil
Quando do lançamento deste vinho, que seria o topo da pirâmide dos vinhos da Bueno Wines, a empresa chamou os mesmos convidados do lançamento dos primeiros vinhos da vinícola.
Após muitas conversas, alguns vinhos foram degustados, até que um dos principais críticos de vinho do país chama Galvão para parabeniza-lo, pois mesmo que eles não tenham levado muito a sério o então “Novato” na produção de vinhos no ano 2010, naquele momento ele se dizia encantando com aquele vinho, o tendo como o Melhor vinho do Brasil.
Tratava-se do Anima Gran Reserva. Aquele cujo nome Anima representaria Alma em italiano, em homenagem a um de seus criadores Roberto Cipresso, e a Alma brasileira dos vinhos em sua expressão máxima da uva Merlot.
O Brasil não poderia ter um melhor vinho para representar o Primeiro Gran Reserva Brasileiro.
Atualmente esse vinho somente é produzido em safras excepcionais para acompanhar o altíssimo padrão de qualidade obtido em sua primeira safra.
Já conquistou inúmeras medalhas em alguns dos principais concurso de vinho do pelo mundo como, Ouro na Espanha, Ouro em Bruxelas, Doble Oro na Argentina, Prata na França, entre outros.
Segue sendo considerado o melhor vinho do Brasil por alguns dos principais críticos de vinhos.
Por: Denis Trombino
Sommelier Bueno Wines
Virei fã do Anima Gran Reserva. Me encantei logo na primeira garrafa que provei, da safra 2018. E recentemente comprei e provei duas garrafas da safra 2020. Igualmente espetacular, delicioso e fácil de tomar. Não se percebe o teor alcoólico…e o vinho acaba rapidamente.